Não é bem verdade. Há gaijos que sabem dançar. Coincidência ou não, são quase todos gays. Há, como é óbvio, heterossexuais que dançam razoavelmente. Mas daí a gostar de o fazer vai um grande passo. Os gaijos até podem gostar de ver dançar. Sobretudo se o dançarino for gaija… e jeitosa… e pouco vestida. Mas dançar, dançar, só dançam se for estritamente necessário. E por estritamente necessário entenda-se desesperadamente à procura de sexo. Os pavões da polinésia abrem a cauda em leque. Os sapos do Amazonas incham a goela. O gaijo dança… ou tenta. Mas mesmo nesta circunstância o gaijo sabe que não pode exagerar e dar uma de Fred Astaire porque corre o risco de as gaijas ficarem tão impressionadas com a graciosidade dos movimentos que duvidem da sua heterossexualidade e percam o interesse. É um dilema: um gaijo tem que dançar… mas não pode dançar bem. Também, pouco lhe importa, porque não gosta mesmo de dançar. Basta-lhe, portanto, dançar o suficiente. Numa pista, o gaijo opta, normalmente, por enraizar os pés num espaço desocupado de copo de cerveja na mão e cigarro na outra a agitar irregularmente os braços com o tronco a ondular, os joelhos a flectir levemente e a cabeça a oscilar como quem acaba de fumar uma broca fraquinha em várias direcções ao ritmo do que quer que o DJ esteja a passar. Seja que tipo de música for, meio metro quadrado de piso é a área que ele precisa para aquilo que sabe, pode ou pretende. É assim que um gaijo hetero dança. Desde o início dos tempos. As gaijas, por seu lado, pulam, dobram-se, redobram-se e rodopiam, sobre si e sobre os gaijos, numa expressão corporal notável e com uma energia aparentemente inesgotável. É quase uma segunda natureza. E a não ser que ande à míngua à demasiado tempo, um gaijo não se atreve a tentar acompanhá-las neste desvario de movimentos de anca desenfreados. E depois há a questão biológica: um gaijo não está fisicamente preparado para dançar por melhor forma que apresente. Até pode conseguir fazer os 100 metros em 12,32 segundos, encestar regularmente da zona de três pontos, rematar de trivela com os dois pés, levantar 100 quilos, ou vencer a Volta a França. Mas o seu corpo não está preparado para dançar. As ancas de um gaijo são dois blocos de granito e os joelhos só têm uma articulação e só aguentam a torção até certo ponto. Por isso, quando um gaijo tenta dançar melhor do que aquilo que sabe, e para além dos riscos de pubalgias, mialgias e outras ias que tais, os movimentos saem desengonçados e patéticos. Ele sabe que está a fazer figura triste. Mas como a luxúria é mais forte que o bom senso, um gaijo sujeita-se à crítica. É por isso que se vende muito álcool nas discotecas. Um gaijo precisa de uma boa desculpa para a figura parva que está a fazer… e a cerveja é o bode expiatório perfeito. E depois… se conseguir levar a gaija p´rá cama, para o banco de trás do carro, ou para um compartimento dos WC locais… que se lixem as más línguas.
Private Joke: As gaijas, em compensação, não sabem que, apesar de sexy, faz mal à saúde dançar aos rebolões em cima de mesas de bilhar. A diferença entre elas e eles... é que elas, infelizmente, aprendem.
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Não sei se concordo com essa cena ó meu! Eu sou hetero e danço muita bem caraças!... não há hetero no mundo que faça um headbang mais perfeito que o meu.
E miúdas a rebolar em bilhares?!... onde é esse clube? E temos que lhes dar gorjetas?
;)