Para quem não sabe, celebra-se amanhã o Dia Internacional do Migrante. Pessoalmente não vejo qual é a necessidade de haver um Dia Internacional do Migrante, como também não vejo qual o objectivo de um Dia Internacional da Mulher, ou do Doente, ou do Não-Fumador, ou do Caminheiro de Fátima, ou do Adepto do FCP, ou de qualquer outra franja minoritária e de influência incipiente na sociedade dos homens. Aliás, não vejo qualquer propósito em nenhum dia Internacional seja ele dedicado a quem quer que seja. Mas prontos... a ONU inventa-os e o resto do pessoal celebra-os com o entusiasmo de um Natal dos Hospitais. Afinal é só um dia. E o ano tem mais 364... Adiante. Mas o Dia Internacional do Migrante está aí e é preciso assinalá-lo. Eu apostava na cena das bandeiras nas janelas… por sinal, inventada pelo imigrante mais odiado do País, que por acaso até é Seleccionador Nacional. Não é original, mas resulta sempre. Depois haveria uma concentração/convívio no Parque das Nações: Os cabo-verdianos traziam a ketchupa, os de Leste o vodka, e os brasileiros as mulheres, as irmãs, as primas e as amigas… porque não há brasileira de “deitar fora”… ok… há a Maria Betânia… Mas de resto está tudo aprovado! A questão que se põe é: Mas será que os nossos imigrantes merecem uma festa destas? A resposta é simples: NÃO. Senão vejamos… o que é que os imigrantes em Portugal, legais ou nem por isso, já fizeram pelo País? De que modo é que eles contribuíram para o reconhecimento de Portugal no estrangeiro? Que acções já levaram a cabo para levar mais longe o nome do país que os acolheu? As respostas são repetitivas: Nada! Nenhum! Nenhumas! Em França, na Alemanha e até na Holanda, os imigrantes deles assaltaram esquadras, bateram em polícias, incendiaram 1000 carros por noite, saquearam lojas no valor de mais de 10 milhões de euros, obrigaram o Governo a instituir o recolher obrigatório, levaram companhias de seguros à ruína… e, durante mais de um mês, atiraram com os seus países adoptivos para as primeiras páginas dos jornais de todo o Mundo. Durante muito tempo, só se ouvia falar de França, da Alemanha e da Holanda em todos os canais de televisão do planeta. Publicidade é o que é! Então e os nossos?... Andam a dormir?... nem um carrinho incendiado… nem um… nem um daqueles “papa-reformas” que nem precisam de carta… Inaceitável! Mas prontos… cada país tem os imigrantes que merece! A verdade, meus senhores, é que os nossos emigrantes são uma grande seca. Tá bem… de vez em quando fazem um “pseudo-arrastão”, assaltam um comboio suburbano, fanam uns auto-rádios, palmam uma gasolineira… mas isso NÃO CHEGA!!! Ainda fiquei com algumas esperanças quando ouvi falar daquele gang do Algarve que fazia assaltos em série e que acabou por, tragicamente, assassinar um agente da lei. Mas vai-se a ver e eram dois portugueses e um espanhol… Foi uma decepção! Portanto, lanço daqui um apelo: Enquanto os nossos imigrantes não se comportarem como os dos outros países e contribuam de forma decisiva para o reconhecimento do País lá fora com, pelo menos, um motim de cocktails molotov na Avenida da Liberdade… ou no estádio do Dragão, não há festas nem celebrações para ninguém. Aliás, se não estão cá para isso, estão cá para quê?... Trabalhar?... Bah… para isso já temos crianças em Felgueiras. |
Amigo Raimundo, como sabe trabalho diariamente com a população imigrante, ainda que de forma indirecta, através de um programa de televisão. As suas palavras foram sentidas como punhais cravados na evangelização diária que fazemos para demonstrar aos portugueses a contribuição ENORME que os imigrantes dão a Portugal. E o mais absurdo de tudo, tentar dizer aos portugueses que estes imigrantes são como eles, como nós, que quando saímos só queremos que nos respeitem e que tenhamos uma vida melhor!
Os nossos imigrantes são uma seca, realmente! Felizmente temos os imigrantes que merecemos! Será que eles têm os portugueses que merecem?
Cumprimentos