segunda-feira, novembro 06, 2006 |
99 coisas que matam tantos ou mais neurónios que o THC |
Eu nem sou de justificar aquilo que digo, escrevo ou faço. Do mesmo modo, são poucas as provocações desprovidas de suficiente acutilância que me suscitam uma reacção. Ainda assim, não quero deixar passar em claro o primeiro comentário ao post anterior. Não porque me sinta provocado, mas porque me dá especial prazer alterar o centro de gravidadade das mentes mais ou menos hipócritas, mais ou menos informadas, mais ou menos beatas ou maria-vai-com-as-outras. Por isso, sacrifiquei uns minutos do meu intervalo de almoço para compilar a lista que se segue. 99 coisas que matam tantos ou mais neurónios que o THC. O que é o THC?... sugiro que visitem o link deixado pelo autor do já referido comentário. Porquê 99?... porque o número de neurónios que me resta já não dá para arranjar 100, porque 99 é um número tão bom como qualquer outro, porque o meu intervalo para almoço não é assim tão prolongado.
99 coisas que matam tantos ou mais neurónios que o THC*
- cerveja … e restantes bebidas alcoólicas
- namoradas chatas
- interlocutores aborrecidos
- livros do Bragança de Miranda
- livros da Margarida Rebelo Pinto
- desportos de contacto
- assistir a uma partida de golfe
- pais
- irmãos
- avós
- tios
- noitadas a estudar
- noitadas de borga
- noitadas em frente ao computador
- noitadas de sexo
- noitadas a mirar a vizinha pelo telescópio
- arbitragens de futebol em Portugal
- filmes do Manuel de Oliveira
- discursos do Sócrates
- discursos do Soares
- mensagem de Natal do Presidente da República
- dores de dentes
- alcatrão
- programas televisivos da manhã
- Morangos com Açúcar (é um massacre de neurónios)
- cónicas do César das Neves no DN
- mania da Perseguição do Pacheco Pereira
- e, por falar nisso, tentar abrir o Abrupto
- namoradas chatas dos meus amigos
- alguns dos meus amigos
- todas as minhas amigas
- patrões caloteiros
- patrões que, não sendo caloteiros, nos obrigam a trabalhar
- séries de advogados
- séries de médicos
- ah… a Floribela
- adeptos do Porto
- adeptos do Sporting
- conferências de imprensa do Jaime Pacheco
- Fernando Santos/Beto/Paulo Jorge/Moretto
- chilli
- comida indiana
- mercuriocromo
- cromos
- lamber aquela parte de trás dos envelopes (para além do perigo de cortar a língua)
- anónimos que comentam em blogues
- blogues que comentam anónimos
- tabaco
- a tinta usada para escrever “Fumar Mata”
- fumo de escape
- gordura de cozinha
- limpar o pó (não é uma metáfora)
- verniz das unhas
- tinta plástica
- um martelo na mona
- carrascão da Beira Baixa
- chiclas de mentol
- chinelas de praia
- bombinhas de Carnaval
- Carnaval do Rio
- martelos de S. João (alho porro englobado)
- acidentes na auto-estrada (ou noutra estrada qualquer)
- sogras… estava a esquecer-me das sogras
- um traque num elevador
- escalar o Evereste
- descer à fossa das Marianas
- assistir ao Cats mais que uma vez
- os quatro últimos álbuns dos Delfins
- todos os álbuns do João Pedro Pais
- pitinhas a cantar em coro as músicas dos Dzrt
- carrinhos de choque
- montanhas russas / twisters / carrosséis em geral
- e já que estamos na feira popular… farturas, algodão doce e ciganos
- mecânicos aldrabões
- mulheres ao volante à nossa frente numa rotunda
- homens ao volante atrás de nós num semáforo
- crianças em carrinhos de compras (aliás, crianças em qualquer circunstância)
- conduzir com a mãe ao lado (ou com a minha amiga Catarina)
- ser como a minha mãe (ou como a minha amiga Catarina) e ser conduzido por alguém como eu
- o bebé do vizinho de cima que não se cala durante a noite
- o cão do vizinho de baixo que ladra de cada vez que o elevador se mexe
- o cheiro a prurido em casa das avós
- a conversa no barbeiro
- o Windows XP sem Service Pack
- o Norton Antivirus
- o Prós & Contras
- os comentários do Jorge Coroado na rádio e na TVI
- revistas do jet7 e do pessoal que acha que é alguma coisa de especial
- revistas de tunning
- programar o vídeo
- alterar as definições do telemóvel
- caixa de email cheia de Spam e forwards
- pizzas com ananás ou banana ou qualquer outra fruta que nunca deveria fazer parte de uma pizza
- assistir a torneios de Xadrez
- Crónicas clubistas da Leonor Pinhão e do Miguel Sousa Tavares
- os Malucos do Riso e qualquer programa em que entre o Guilherme Leite
- reposições do “Música no Coração” por alturas do Natal
- peças de teatro infantil nas festas da escola
- Arranjar, assim, do pé para a mão, 99 coisas que matam tantos ou mais neurónios que o THC!
* Haverá, porventura, mais coisas que matem tantos ou mais neurónios que o THC. Sintam-se livres para as apontar... se se lembrarem. Isto é, se o THC ainda não tiver matado todos os vossos neurónios. |
posted by Raimundo @ segunda-feira, novembro 06, 2006 |
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12 Obscenidades evitáveis: |
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Falta o Natal dos Hospitais. Ah e Júlio Isidro!
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Foi um sentimento de estupefacção, para não dizer de desdém, que experimentei quando vi que o mui afamado Raimundo se dera ao trabalho de redigir um tão evangelizador post em resposta ao meu científico comentário. Maior displicente gáudio senti, quando aquele Raimundo-que-vos-escreve deixou de concentrar a sua atenção no prosaico saboreio da sandes de courato e do copo de refrigerante para listar um conjunto tão longo de situações, rábulas e pessoas, que atentam contra o normal ciclo de vida dos neurónios.
Não vou contestar as 99 “coisas” que matam neurónios, mas apenas clarificar a minha afirmação e opinião global quanto ao problema:
1. Não me incluo em nenhum dos grupos de “mentes mais ou menos hipócrita”, “mais ou menos informadas”, “mais ou menos beatas” ou “maria-vai-com-as-outras”, “por isso”, “sacrifiquei uns minutos do meu intervalo” ou “de almoço”, para te citar. Em momento algum o meu comentário é pedagogo ou contesta o uso de substâncias que contenham o THC. Antes pelo contrário, eu sou contra os que-são-contra-qualquer-coisa, os falsos pedagogos, os condutores de mentes e escumalha afim. Essa catequização repugna-me tanto como a cozinha tradicional uzbeque, que eu não conheço, mas que deve ter mau aspecto. (Se não tiver um aspecto execrável, substituir na frase anterior “cozinha tradicional uzbeque”, por “bifinhos com cogumelos dos jantares de curso da cantina da Boavista”).
2. O meu comentário foi científico, não é da minha responsabilidade e tive o cuidado de indicar a fonte do mesmo. E só não acrescentei posições contrárias porque, ao contrário de ti, Raimundo-bom-vivant-e-bom-garfo, não tenho muito tempo para almoço. A minha costela liberal, liberalizante e libertária diz-me que podes fazer com os teu neurónios o que bem entenderes desde que não me chateies mais do que um gato coxo e impotente que tente meter-se debaixo da roda esquerda do meu carro! De resto, sejamos pragmáticos: os neurónios – teus incluídos – não servem para mais nada a não ser para a função que lhes está atribuída pela natureza (evolucionista e não criacionista) ou, morrerem! Não se fazem transplantes, não se comem, não se preservam em frascos com formol, não se vendem e, muito menos, podem ser usados na construção de componentes automóveis! Portanto, os neurónios de todos os outros que não os meus interessam-me tanto como um convite para assistir a uma conferência sobre métodos de contracepção para pessoas com mais de 90 anos, que ainda acreditam que a ideia de sexo na terceira idade não é uma invenção dos mais novos para lhes afastar da mente o uso de fraldas e a administração de 368 comprimidos (só até à hora do almoço).
3. Na lista, esqueceste-te das cuecas de gola alta, dos “filmes” do Lars Von Trier e da família Bush, que se farta de matar um tipo específico de neurónio: o neurónio-do-crescente-fértil. Mas se queres que te diga, isso interessa-me tanto como passar uma tarde inteira, sentado numa cadeira, a ver o cimento de uma parede acabada de arranjar a solidificar.
De resto, até este meu comentário provoca em mim tanta motivação como a que se tem ao arrancar um dente cariado (daqueles terríveis) com uma tenaz de ferreiro (ferrugenta) da Idade Média (sem anestesia).
O meu concelho é que da próxima almoces na paz do Senhor, com quem tens obrigações profissionais. Comer à pressa, para além de matar neurónios, também mata o aparelho digestivo.
(Acerca do teu aparelho digestivo, ler todas as considerações sobre os neurónios em geral).
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ERRATA: Naturalmente que "concelho", já na parte final, está mal escrito. Queria dizer "conselho". A todos os atingidos por este erro crasso as minhas desculpas. Parece-me agora óbvio que preciso dar menos atenção ao aparelho digestivo e mais aos meus neurónios.
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Até que enfim... Tens razão. Filmes do Von Trier. Cuecas de gola alta? Não quero saber!
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"Falta o Natal dos Hospitais". Mas que credibilidade tem uma pessoa em falar do Natal dos Hospitais quando ela própria foi apresentadora de um evento regional do mesmo género?... Quem tem coberturas habitacionais de composição vidreira, não pode arremessar com parcelas geológicos à habitação da pessoa que habita na porta ao lado, cara MM!
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Ninguém tem culpa de, nas vésperas dessa data, ser acometido de um sentimento de solidariedade para com os que passam horas acamados num hospital.
Além disso, esse evento regional citado pelo anterior post, acabou por ser revelar, muito por arte da apresentadora, um feliz upgrade do tradicional Natal dos Hospitais, transmitido pela RTP e conduzido por Eládio Clímaco.
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O upgrade, como lhe chamas, é mais um downgrade. Porque com o Eládio Clímaco, se fecharmos os olhos com muita força e formos bons meninos, talvez consigamos acreditar que estamos, afinal, a ver os Jogos Sem Fronteiras! O que está muito longe de verificar-se contigo.
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É pá... arranjem um quarto e não me lixem a paciência. Já estou farto de vos aturar!
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"arranjem um quarto"
Isto já é uma clássica ...
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Eu escrevia alguma coisa de jeito... mas não me sobraram neurónios p isso depois de todas as vezes q andei de carro contigo... traste...
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Name... a não ser quel... tal como eu suspeito sejas o R.P.S: agradecia que me enviasses o teu contacto. Envia para o e-mail do blog. Se és o R.P.S., envia na mesma só para confirmar.
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Outra coisa que queima neuronio: Ler Blog de português
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Falta o Natal dos Hospitais. Ah e Júlio Isidro!