A Igreja Católica vive numa espécie de "conto de fadas". Daqueles em que há sempre uma casta princesinha loira que arranja, lá para o meio da história, um inocente – mas corajoso – príncipe encantado, vestido de reluzente armadura em cima de um qualquer alvo corcel, com quem acaba por casar depois de a providência extinguir os planos maquiavélicos das irmãs más, da madrasta má e da bruxa má – separadamente ou em conjunto – que se preparavam para estragar a vida da miúda. Invariavelmente, a história termina com um fausto casamento e com a frase "...e viveram felizes para sempre!". E daqui extrapola-se que nunca discutiram. Que ele, o príncipe, nunca olhou para os peitinhos oleados da criada morena com água na boca e pensamentos luxuriosos. E que ela, a princesinha, nunca admirou o musculado aio das cavalariças, nem sentiu uma fraqueza nas pernas quando ele a ajudou a descer do cavalo e, enfim, o seu corpo roçou o dele. Depreende-se, ainda, pela frase, imortalizada em contos dos Grimm e do Hans Christian Andersen, que a princesinha e o seu príncipe encantado nunca se divorciaram e que, portanto, nunca tiveram que ir a tribunal lutar pela custódia dos 19 filhos, concebidos não em ordinárias odes ao prazer, mas em expressões do mais puro amor que, só por acaso, coincidem com as directrizes divinas de crescimento e multiplicação da espécie. Deduz-se também que, para além da princesinha loira e do seu príncipe cavaleiro, todo o reino viveu feliz para sempre. Que o povo nunca mais passou fome ou experimentou a miséria. Que a justiça vigiava a todos por igual – apesar de não ser necessário, dado que, sendo toda a gente feliz, nunca ninguém viu necessidade em cometer um crime. Que os súbditos, e respectiva prole, viveram em paz na harmonia dos seus “matrimónios heterossexuais e monogâmicos”. A Igreja Católica vive numa espécie de “conto de fadas” onde o Bem é perfeitamente distinguível do Mal. Um sistema bipolar perfeitamente suficiente para encaixar todos os personagens da história. Só há bons – tão bonzinhos que até enjoa – e maus – tão mauzões que até arrepia. Não há menos bons nem menos maus. Pode haver, quando muito… arrependidos. Mas mesmo estes são raros. Em suma, não há humanidade, mas apenas a ideia de homens e mulheres à imagem de anjos e demónios. A Igreja Católica vive num “conto de fadas” desde que foi instituída no século XI. E conseguiu arrastar para esse universo de “fantasia” milhões de pessoas cansadas do mundo-como-ele-é que preferem o conforto das ideias pré-concebidas ao incómodo de criar novas pensando pela própria cabeça – simpatizo com a posição… afinal, também sou calaceiro. Nada me move contra a Igreja Católica. Nada me move contra os “contos de fadas”. Eu até gosto de histórias com princesinhas saloias e príncipes valentes. São bons para adormecer. E se forem tão bons como o da Igreja Católica, compreendo perfeitamente que já ninguém queira acordar. O que já me custa a aceitar, é a constante influência que os “sonâmbulos” fazem questão de ter na vida dos que andam acordados. |
Pois eu tenho a dizer que a Santa Igreja Católica Apostólica Romana tem toda a razão, e para aqueles que acham que ser-se católico é ser-se quadrado e ultrapassado, vejam este maravilhoso site, e escutem o hit dos Los Happyness, 'Amo a Laura', para aprenderem que só no amor heterosexual e monogâmico é que se pode ascender ao sexo com razão de ser! O link é este > www.nomiresmtv.com