Eu gosto de gaijas! Aliás, gosto tanto de gaijas que se tivesse nascido gaija com certeza andaria com outra gaija. E por "andaria" entenda-se "faria sexo com". Obviamente, sendo eu quem sou, nunca me passaria pela cabeça casar com a rapariga. Mas o facto de eu não acreditar nessa sagrada instituição que é o matrimónio - exactamente pelo facto de ser sagrada - não quer dizer que não a reconheça enquanto opção - muito questionável - na vida de duas pessoas... ou três... desde que a terceira também seja gaija.
Vem isto a propósito daquelas duas moçoilas que viram negado pelo Governo o seu pedido para casar (uma com a outra, obviamente). Ora... que dizer em relação a isto? Que tá mal pá...
Que eu saiba, não está escrito em lugar nenhum da Constituição que o casamento civil pressupõe duas pessoas de sexos diferentes - e se está, ainda é mais grave. Que eu saiba, um dos direitos fundamentais do indivíduo, expresso pela Carta dos Direitos Humanos, é a FELICIDADE. Que eu saiba, as pessoas, salvo raras excepções, casam com a ilusão de que serão mais FELIZES - o que nem sempre acontece, mas o erro também é um direito inalienável ao ser humano. Que eu saiba, a função do Governo é trabalhar para a FELICIDADE a curto, médio e longo prazo de quem o elege.
Ora, ao não aprovar o casamento das rapariguinhas, o Governo está a afrontar a Constituição, a Carta dos Direitos do Homem e, mais importante, o direito que cada um de nós tem a ser FELIZ. Mas o que mais me irrita nisto tudo, é que esta não é uma decisão baseada em argumentos racionais. Não... isto é mais uma daquelas tomadas de posição que tem como base dogmas religiosos!
Mete-me nojo que, no mais ocidental cantinho da Europa Ocidental, o Estado tome decisões típicas de um qualquer país do Médio Oriente. Esses, pelo menos, têm uma boa desculpa: O Corão - que, no fundo, é a Bíblia traduzida para árabe - é a sua constituição. Agora, num Estado dito laico... tss, tss… tenham vergonha!
Então, se a pessoa ao lado da qual eu me sentisse mais FELIZ fosse outro homem - Aaaaarrhhggg... spit... spit... - e se quisesse, oficialmente, unir a minha à vida dele, com todos os privilégios e deveres que uma união matrimonial comporta, com que legitimidade me negaria o Governo tal aspiração? Não é meu direito ser FELIZ? Não é dever do Governo zelar pela minha FELICIDADE? Seria eu um doente com uma qualquer disfunção sexual contagiosa?... um herege?... Acaso o incómodo pré-conceptual das mentalidades beatas é um bem maior que a FELICIDADE de duas pessoas?
NÃO!... NUNCA!
A meu ver, o Governo tem duas opções. Ou adopta a Bíblia como Constituição da Nação – e eu mudo-me para um país civilizado –, ou deixa casar o gaijedo todo daqui para a frente. Eu, pessoalmente, espero que sigam a segunda via, até porque detesto fazer mudanças.
Eu tb gosto de gaijas!