sexta-feira, janeiro 27, 2006
Mozart - A verdadeira história
Já estou tão farto de ouvir falar de Mozart que, se ele não tivesse morrido, pagava para o matarem. Um tipo levanta-se de manhã com a ideia que este vai ser mais um daqueles fabulosos dias que antecedem um Benfica-Sporting, e depois leva com Mozart durante o dia todo. Ele é na televisão, ele é na rádio, ele é páginas e páginas e cadernos especiais nos jornais. E até o Google alterou o logotipo para assinalar os 250 anos que o músico celebraria se, por acaso, não tivesse morrido.

Pessoalmente acho tudo isto um exagero. Até porque considero que o senhor não era assim tão genial quanto isso. Fantástico fantástico era o Bethoven, que até era surdo como uma porta e não ouvia nada do que compunha. O que só tem comparação com um cego a pintar um quadro renascentista. Agora o Mozart... o que é que ele tem de especial? Só porque escreveu umas musiquitas que nem dão para assobiar? Porque aos 14 anos já era o maestro da ópera de Salzburgo? Bahh! A sorte dele foi ter morrido novo. Foi, assim, uma espécie de James Dean do século XVIII.

A verdade é que Mozart nem era para ser músico. Quando era pequeno queria ser estilista, e os outros meninos na escola ostracizavam-no no recreio por causa dos trejeitos amaricados que tinha. Todos os dias levava tareia e, nas aulas de educação física, era sempre o último a ser escolhido para o jogo de futebol. As raparigas não queriam nada com ele apesar da sua inteligência, e preferiam o bronco do Klaus Müller, que era estúpido como um penedo mas tinha estilo e tocava cravo. O rapaz percebeu, então, que a popularidade era tudo. Fartou-se de ser um excluído e decidiu dedicar o resto da sua vida a ser uma pop star. Não lhe haviam de faltar dinheiro, droga e gaijas. Como o pai era funcionário público de estatuto elevado, dinheiro não faltava ao rapaz, que correu tudo o que era concerto e festival de Verão na Europa. Recolheu influências de vários lados e criou o seu próprio estilo que, por ser novo e irreverente, provocou tanta euforia nos liberais, como ódio nos conservadores... Assim ao estilo dos Sex Pistols nos anos 70. E depois... prontos... morreu não se sabe bem como e terá sido o primeiro a inaugurar a ala do Purgatório onde já estão o citado Dean, o Sid Vicious, o Hendrix, a Joplin, o Cobain e as quatro mamonas assassinas!... Fim da história!

Porra que nunca mais é sábado, para estes gaijos esquecerem o Mozart e passarem a falar dos penaltis inexistentes que o Pedro Henriques vai assinalar contra o Sporting!
posted by Raimundo @ sexta-feira, janeiro 27, 2006  
2 Obscenidades evitáveis:
  • At 27 janeiro, 2006 21:21, Anonymous Anónimo said…

    Não se sabe bem como? Ó meu amigo,hoje até dá o "Amadeus" na rtp1 (que, como se sabe, é 100% verídico) e poderás ver como Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart morreu.

     
  • At 28 janeiro, 2006 02:45, Blogger Raimundo said…

    Escusado será dizer, caro Celso, que o filme de Milos Forman é baseado numa das várias teorias existentes acerca da vida e morte de Mozart. Que, como qualquer teoria, poderá, ou não, ser a verdadeira.

    Também há teorias que falam em suicídio... e outras que dizem que a personagem misteriosa que lhe encomenda o Requiem nas vésperas da morte nunca existiu e que Mozart terá composto a sinfonia para a sua própria missa de sétimo dia... e outras que dizem que ele já sabia que estava a morrer.

    A teoria de que a sua morte terá sido causada ou patrocinada por um Sallieri invejoso - a tal que o filme de Forman explora - só surgiu muitos anos após a sua morte porque o próprio Sallieri, já em decadência e sem qualquer protagonismo desatou a berrar aos quatro ventos que não tinha envenenado o Mozart. O que levantou suspeitas já que, tal possibilidade nunca tinha sido levantada por ninguém. Portanto, mantenho a minha afirmação inicial: Mozart morreu não se sabe bem como! e acho que é o mais aproximado que alguém alguma vez irá estar da verdade!

     
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