Ouvi ainda há pouco, na TV, um alto dirigente de um país muçulmano que não decorei referir-se aos europeus como ignorantes e insensíveis para com os sentimentos e cultura do povo islâmico. E que exigia um pedido de desculpas para todo o Islão e que a União Europeia tomasse medidas para PROIBIR coisas semelhantes.
Depois ouvi um Imã (acho que é assim que se escreve) muçulmano em Portugal dizer algo como isto: "A Europa já não acredita em Deus. Deus está a desaparecer na Europa. Mas os Muçulmanos ainda celebram Deus diariamente. E vivem segundo as suas regras. E quando esse modo de vida é alvo de chacota por parte de um mundo que não celebra Deus, é natural que as facções mais radicais tomem isso como uma provocação e reajam".
Ora... eu não queria colocar isto em termos de quem está certo ou errado. Até porque, tratando-se de duas culturas diferentes, é natural que haja choques esporádicos. Até manifestações de desagrado pacíficas. O que eu não aceito é que, no meu país (leia-se Europa) ponham em causa um direito - que eu posso exercer ou não - que custou o sangue dos meus antepassados.
Na Europa também já experimentámos viver segundo as regras de Deus. Costumamos chamar-lhe Idade Média e nem a II Guerra Mundial matou tanta gente. Queimaram-se bruxas, degolaram-se infiéis, empalaram-se turcos, crucificaram-se judeus, massacraram-se tribos africanas. Crianças, mulheres, velhos. Tudo a eito. E tudo em nome de Deus. Demorámos mais de 1.000 anos a perceber que, afinal, Deus nunca tinha dito a ninguém para matar em seu nome - a partir daí passámos a arranjar desculpas menos esfarrapadas para entrar em guerra com alguém - e mais uns séculos até conquistarmos o direito a dizer aquilo que quisermos do modo como quisermos, quando quisermos. E agora vêm uns tipos que governam países que nunca saíram da Idade Média - e fazem questão de assim continuar - armados ao pingarelho a exigir pedidos de desculpa e proibições?
Mas não fiquem com a ideia que tenho algo contra os muçulmanos ou contra o seu credo. Apenas não posso com os cabrões que os governam e que fomentam o fundamentalismo religioso e a ignorância de modo a manterem o controlo sobre a população desde os seus faustos palácios onde não falta vinho, wiskey, charutos cubanos, home cinema, prostitutas sem burka, vários Porsche Cayene, limosines à prova de bala, dois jactos privados - um dos quais para as várias eposas irem fazer compras a Nova York - e três iates do tamanho do Titanic.
E tem o descaramento de vir falar em nome de Deus?... vão mas é p'ró raio que vos parta...
NOTA: Este post foi originalmente escrito como comentário a um
postal da província da Sílvia Vaz Guedes. Mas resolvi publicar aqui também - mais completo - porque acho isto importante!
Tem cuidado. Tás aqui, tás a fazer parte da lista da Al-Quaeda. Ainda algum Xeque te põe uma fatwa em cima que te lixas!!!