quinta-feira, março 02, 2006
Como nos filmes?... esteja mas é calado! (*)

Não posso dizer que seja um grande admirador de Eduardo Prado Coelho. E embora nutra grande respeito pelo professor, pelo académico, é sem entusiasmo que leio, de quando em vez, o opinador diário no Público. Por razões várias, que vão do estilo ao tema. Tal nunca me preocupou - como continua a não me preocupar - até porque há muitos outros cronistas que não leio com bastante regularidade.

Ontem, porém, foi um desses raros dias em que, folheando o diário e deparando-me com a rubrica “O fio do horizonte”, assinada pelo professor, fui, pelo tema, levado a iniciar a leitura, e, pela minha fixação por imbecilidades, a conclui-la.

A crónica intitula-se “Como nos filmes” (**) e refere-se ao crime que animou, nas últimas semanas, a comunicação social nacional: o assassínio de uma pessoa por 14 outras pessoas – por sinal menores – num prédio abandonado na invicta cidade do Porto.

A páginas tantas, Eduardo Prado Coelho começa a discorrer, não dos motivos que levaram ao hediondo crime, mas dos motivos por detrás dos motivos. E relaciona música rock, e cinema, e discotecas e sei lá que mais, com a terrível ocorrência. Os que leram sabem do que estou a falar. Os que não leram ainda vão a tempo, embora eu desaconselhe vivamente a não ser que, tal como eu, sejam apreciadores de um certo tipo de cretinice.

Quanto a si professor… eu sei que é difícil ter assunto ou inspiração ou capacidade para, todos os dias, aparecer com um novo artigo. Eu compreendo, até porque, salvo as devidas distâncias, também tenho esse problema aqui no Mundo – mas vai daí, e ninguém paga para vir aqui. Mas permita-me uma singela sugestão: quando não tiver o que dizer, não ceda à tentação de o fazer. Sob pena de se embaraçar a si próprio.



(*) Não interprete o leitor o título como um qualquer atentado à liberdade de expressão. Trata-se, tão só, de uma locução com uma função puramente retórica e desprovida de qualquer intenção ulterior que não a discórdia em relação a uma opinião. Como já várias vezes defendi neste espaço: todo o ser humano tem o direito a dizer ou escrever toda a merda que quiser, por mais obscena que seja ou pareça!

(**) Gostaria de colocar neste espaço um link para o artigo em causa. Mas o escrito faz parte do conteúdo protegido da versão online do Público, e a minha pobreza não me permite sustentar a assinatura do serviço. Também poderia colocar aqui o texto sob citação e escrevê-lo, na totalidade ou em parte, mas a indolência é maior que a vontade de marcar posição. Sou português, que querem que faça?...

posted by Raimundo @ quinta-feira, março 02, 2006  
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