terça-feira, maio 30, 2023 |
Vicky&Gabe: 001 - O beijo |
A Vitória e o Gabriel viraram tira de BD. E não... O Raimundo não aprendeu a desenhar. Teve ajuda do Midjourney, Photoshop e Publisher. |
posted by Raimundo @ terça-feira, maio 30, 2023 |
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segunda-feira, outubro 13, 2014 |
Dois anos depois... |
Olha um post mais de dois anos depois do último.
Não. Não estou a regressar do exílio. Não completamente pelo menos. Não que não se justificasse. Mas ainda não recuperei a vontade. Não totalmente em todo o caso.
Na verdade, e a antecipar um eventual regresso a bloguice estou apenas a testar a app do Blogger para Android. Se isto funcionar... quem sabe...
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posted by Raimundo @ segunda-feira, outubro 13, 2014 |
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segunda-feira, agosto 27, 2012 |
A cassete amarela - ou como não gostava de Pearl Jam no Verão de '92 |
"Tens que ouvir isto", disse-me o Paulo
enquanto me estendia uma cassete BASF amarela etiquetada "Ten - Pearl
Jam" que acabara de tirar do seu inseparável walkman.
O Paulo era o meu primo de Lisboa que, todos os verões,
ia passar uma temporada a casa dos meus pais a Trás-os-Montes. E todos os anos,
na mochila, levava consigo uma carrada de cassetes - originais e piratas - das
bandas que estivesse a ouvir na altura. E eram sempre muitas. Eram sempre mais
as cassetes que a roupa.
Nascido três anos antes de mim, o Paulo foi o irmão mais velho que nunca tive e
a minha primeira grande influência no que toca a preferências musicais. Foi com
ele - e graças à sua mochila atrofiada de cassetes - que ouvi pela primeira vez
Pixies, Aerosmith, Guns n' Roses, Def Leppard, Van Halen, Metallica, Nirvana,
Radiohead, Billy Idol, Bon Jovi (antes do abandalhamento), Cult e INXS... entre
muitas outras bandas. Por isso, quando naquele início de Verão de 1992 o Paulo me
passou a cassete amarela e disse "tens que ouvir isto"... eu
limitei-me de forma obediente a pô-la a tocar no leitor do quarto enquanto ele
desfazia a mala.
Confesso que não foi amor à primeira vista. Para um
"rockeiro" habituado à sonoridade vibrante do "glam rock" e
do "hair metal", "Ten" era demasiado... soturno. Não era
música para ouvir no Verão. Não me impressionou. E devo ter feito uma expressão
qualquer de desprezo depois da primeira audição que deixou o meu primo
incrédulo. "Tás marado?! Isto é um ganda som"!... "Não é a minha
onda", respondi-lhe.
Mas ao longo das quatro ou cinco semanas seguintes o rapaz não desarmou. Andou
com a cassete sempre atrás de si e, onde quer que houvesse um leitor, lá tinha
eu que gramar com aquele som deprimente ou com ele a cantar "Even
Flow", "Alive", "Black" e "Jeremy" com os
auriculares do walkman enfiados nos ouvidos - o que era infinitamente pior. Era
na cozinha ao almoço; na esplanada do café de Paradela onde a avantajada filha
da dona servia às mesas ao fim da tarde; no quarto durante as últimas conversas
da noite; no Fiat vermelho do meu pai durante os passeios de fim-de-semana; no
relvado da piscina municipal de Vila Real ou da praia fluvial enquanto bebíamos
coca-cola, comíamos gelados e cachorros e desapercebidamente deitávamos o olho
às "aveques" em bikini. Mas não havia forma de "Ten" me
entrar no sistema ainda sobrecarregado com o(s) fabuloso(s) e extasiante(s)
"Use Your Illusion" - isso sim, disco(s) apropriado(s) para o Verão.
As férias chegavam ao fim e o Paulo regressava a Lisboa.
Mas antes de se meter no autocarro voltou a abrir o walkman e a estender-me a
BASF: "Fica com esta que eu gravo outra para mim". Admito - hoje com
alguma vergonha - ter aceite apenas por uma questão de educação.
Era sempre um momento triste despedirmo-nos do Paulo. E a
saudade insinuava-se assim que ele pisava o primeiro degrau a subir para o
autocarro, e invadia-nos completamente à medida que se ia afastando.
Já no regresso a casa, sentado no banco do pendura do Fiat
vermelho e com a lágrima no canto do olho, reparo que ainda seguro a cassete
amarela. Retiro-a da pequena caixa de plástico e enterro-a no leitor do
auto-rádio. "Even Flow" está a acabar. E, de repente, talvez devido à
tristeza do momento, ao ouvir o primeiro - e memorável - riff da guitarra de
Stone Gossard em "Alive" faz-se luz algures no meu cérebro. A cabeça
começa a abanar ao ritmo da bateria e, surpreendentemente, dou por mim a cantar
uma letra que desconhecia conhecer por cima da voz de Eddie Vedder. Subitamente,
aquela música fazia sentido para mim.
O mais surpreendente, porém, é que à medida que vou
ouvindo, apercebo-me que está lá tudo! O Verão todo! As saladas frias de feijão
verde da minha mãe; a bem apetrechada filha da dona do café de Paradela; as
conversas parvas de fim-de-noite; o passeio às Fisgas de Ermelo e a Mirandela;
as "aveques" em biquini no Codessais... Tudo!
E sorri ao perceber que, afinal, o meu "irmão mais
velho" tinha, mais uma vez, razão. É, decididamente, um "ganda som"
primo. E obrigado pela cassete.
NOTA: Passam precisamente hoje 21 anos sobre o lançamento de "Ten", dos Pearl Jam, um dos melhores discos rock de sempre.
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posted by Raimundo @ segunda-feira, agosto 27, 2012 |
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terça-feira, maio 29, 2012 |
O dia em que eu e o Bigodes fomos comprar raclette a Roma, sobrevivemos a um ataque terrorista , salvámos o David Fincher e a Timóteo pilotou um avião a jacto - ou a short story com o título mais longo de sempre |
Eu sei que não vão acreditar, mas
garanto-vos que foi assim mesmo.
Tudo começou quando, em casa dos
Santos, decidimos que queríamos raclette para o jantar. Vai daí pusemo-nos a
caminho de Roma. Eu e o Bigodes. Ultrapassa-me a razão por que fomos a Roma comprar raclette, mas aposto que uma ideia tão peregrina deve ter saído
da cabeça do Bigodes.
Pelos vistos fomos de avião,
porque, de repente, estávamos no aeroporto da capital italiana à procura da
saída para nos dirigirmos à loja de queijo raclette mais próxima. E foi nesta
altura que encontrámos a Cláudia Timóteo e a Marisa, que andavam nas suas
habituais viagens por terras de ultramar.
O Bigodes acabou por ir sozinho
comprar o raclette enquanto eu fiquei a dar conversa às meninas. A cavaqueira
não durou muito porque, entretanto, um grupo de terroristas decidiu atacar o
aeroporto. Ainda pensámos que fosse o Bigodes a fazer das suas. Mas estávamos
enganados. Por entre tiros e explosões e malta a fugir em todas as direcções, o
rapaz conseguiu rastejar até ao sítio onde nos esconderamos e trazia consigo
um tupperware rectangular com uma tampa cor de laranja cheiinho de queijo
raclette.
Estávamos nós a delinear um plano
para conseguir chegar a um dos dois aviões estacionados na pista sem sermos
avistados quando o raio dos terroristas decidiram fazer explodir ambos os
aparelhos.
Estávamos encurralados, sem meios
para sair daquele inferno de chumbo e fogo. Felizmente e providencialmente,
apareceu o Nuno Neto que - não lhe perguntei mas presumi - estava no aeroporto
de Roma a fazer a inspecção a um avião. Ele sabia onde havia outra aeronave que
os terroristas ainda não tinham destruído e que poderia ser o nosso meio de
fuga.
Os cinco conseguimos fugir por
entre os destroços do aeroporto até um hangar mais isolado onde se encontrava
um avião a jacto particular. Mas quando estávamos a entrar para o pequeno aparelho
vimos um grupo de terroristas perseguir e disparar sobre um dos sobreviventes
do massacre no aeroporto. Gritámos ao homem para correr na nossa direcção. Aos
zigue-zagues para escapar às balas, o tipo, que era nem mais nem menos que o
David Fincher, lá conseguiu chegar até à escotilha e entrar já com o avião em
movimento.
Descolámos de imediato e
levantámos voo por entre saraivadas de balas disparadas pelas AK 47 dos
terroristas. E estávamos tão aliviados por ter escapado que nem achámos muito
estranho que a Timóteo estivesse aos comandos, com o Neto sentado no lugar do
co-piloto a dar-lhe indicações de como
pilotar a aeronave e a acalmá-la: "tás a ir bem... tás a ir bem".
Não sei exactamente onde aterrámos,
mas sei que chegámos inteiros e parámos, já em terra, na Rotunda do Rato, em
frente à UBI. Mas agora o Bigodes chamava a atenção para outra tragédia: O
raclette que comprara em Roma não dava para todos.
E foi então que, da sua mala de
couro a tira-colo, o David Fincher retirou um tupperware com uma tampa cor de
laranja. Suspirámos todos de alívio por não ter que regressar a Roma, e fomos
para casa dos Santos jantar.
Até ao momento não sei se o
queijo seria assim tão bom e se valeu a pena ir a Roma e passar por todas
aquelas provações para o comprar porque, entretanto... acordei.
Mas pelo menos comecei -
literalmente - o dia a rir-me que nem um perdido ainda com o pijama vestido e a
cabeça na almofada. |
posted by Raimundo @ terça-feira, maio 29, 2012 |
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quarta-feira, maio 09, 2012 |
Battleship, ou as minhas duas horas de pasmo |
Aconteceu ontem. E o
acontecimento merece relevo por poucas, mas notáveis, razões. Em primeiro, e
sobretudo, porque já não acontecia - comigo - há muito tempo. Ontem, pela
primeira vez, creio que em muitos anos - pelo menos desde o primeiro
"Jeepers Creepers" - vi um dos piores filmes jamais produzidos,
realizados e representados... até ao fim.
Por norma, quando não gosto de um
filme por qualquer razão, mudo de canal; fecho a janela do browser e escolho
outro filme; saio a meio da sala de cinema; ou, simplesmente, adormeço.
Ontem não foi um desses dias.
Ontem a fita era tão má, tão má, tão má que, a determinado momento, se
tornou... interessante.
Eu não sou propriamente fascinado
pela mediocridade. Nem creio que haja nela qualquer mérito. Mas quando essa
mediocridade atinge níveis abaixo de zero a coisa passa para o domínio da
bizarria. E o bizarro é confrangedoramente interessante, cativante...
hipnotizante.
E foi com o espírito mesmerizado
que, oito minutos apenas depois de me ter instalado no sofá e clicado no
botãozinho play no meu site favorito
de filmes, eu continuei a ver essa pérola
de vulgaridade, essa ode à frivolidade que dá pelo nome de... 'ta-daaa'... BATTLESHIP.
Vá foda-se!... BATTLESHIP!... Os
gaijos até lhe deram um nome imponente. É singelo, simples, pouco presunçoso. Respeitável
até. Parece que se trata de uma coisa séria!
Vou ser sincero. A primeira
coisa que vi do filme, num teaser,
há uns meses atrás, foi um portentoso navio de guerra, o Liam Neeson e a
palavra BATTLESHIP! Convenceu-me, admito. Gosto de navios de guerra. Gosto do
Liam Neeson. E BATTLESHIP, só assim, sem mais nada, dava-me a entender que
vinha aí um épico do género.
Depois vieram os trailers e a coisa começou a
desvendar-se: "Afinal parece que há extra-terrestres metidos ao barulho!
Porra, lá vão os americanos ter que expulsar a pontapé e à bastonada a enésima raça de criaturas de
outros planetas que nos vêm cá foder o juízo e acabar com o nosso sossego",
pensei eu. E pensei bem. Mas prontos...
como até sou adepto da ficção científica, achei que estava preparado para
assistir a mais uma versão do triunfo do engenho humano sobre o mais que
evidente e avassalador avanço tecnológico da força invasora. Achei mal... Achei
tão mal.
A verdade é que nada nos prepara
para um BATTLESHIP. Nada!
BATTLESHIP é um hino à falta geral
de ideias... e à falta de coerência das poucas que o guionista teve. É o cinema
blockbuster elevado ao ridículo. É pornografia de luzes, explosões e frases feitas
de cinco palavras. É a prova de que, efectivamente, é possível fazer um filme só
com efeitos (não assim tão) especiais e sem um único diálogo com o mínimo de
substância. BATTLESHIP é Peter Berg a chamar "coninhas" ao John Woo.
Abençoados sejam, porém, os
engenheiros que desenharam as criaturas extra-terrestres. Porque qualquer uma
delas é mais expressiva que os actores que deram vida às personagens mais
enfadonhas, previsíveis e estúpidas que um filme de acção alguma vez
imortalizou. Comparado com estes... Arnold Schwarzenegger merecia um Óscar pelo
trabalho em "O Predador".
Mas são os pequenos pormenores
que vão tornar BATTLESHIP num filme "de culto". Talvez não pelas
melhores razões mas, ainda assim, "de culto". Detalhes que, por um
lado, levam o filme a afundar-se abaixo da linha da mediocridade enquanto
produção cinematográfica, e, por outro, revolucionam todos os conceitos do género da
ficção-científica tal como o conhecemos (ou
conhecíamos). Mas prometo falar mais sobre este aspecto amanhã ou depois, que o
post já vai longo.
Até lá... Ridley Scott? James
Cameron? John Carpenter? George Lucas? Steven Spielberg?... Ponham-se a pau. Há um puto novo a brincar com
naves espaciais às "invasões à Terra". Chama-se Peter Berg... e não
regula bem dos cornos! |
posted by Raimundo @ quarta-feira, maio 09, 2012 |
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sábado, setembro 25, 2010 |
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Quando tinha inspiração não tinha tempo. Agora tenho tempo e falta-me a inspiração. Drogas não resultam e o álcool deixa-me disléxico. E olhar para o monitor em branco também não tem dado resultado.
Preciso de uma provocação.
Façam-me um favor e insultem-me seus filhos da mãe! |
posted by Raimundo @ sábado, setembro 25, 2010 |
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sexta-feira, junho 12, 2009 |
Novo Fôlego |
Depois de uma ausência regular - ou permanência irregular, como preferirem - decidi dedicar-me novamente ao blog. Devo admitir que faltou, nos últimos dois anos, e por razões que só a mim dizem respeito, motivação para dinamizar o espaço. E mais por obrigação que por sincera vontade fui "postando" imbecilidades quase sempre desfasadas, em forma e conteúdo, dos textos dos primeiros três anos. Se eu tivesse sido educado a ter vergonha na cara, pedia desculpas aos que regularmente visitavam a "tasca". Mas sendo eu orgulhoso transmontano, e não devendo nada a ninguém, não vejo necessidade em tal. Assim com' assim o que não falta na net são blogs tão - ou mais - idiotas quanto este, de modos que ninguém, certamente, morreu à falta de escatologia verbal gratuita. Adiante... é só para informar que o "Mundo por Raimundo" vai regressar em força e na bitola inicial. Por isso... se sofrem de doença coronária... disfunção eréctil... ou aderiram ao novo acordo ortográfico... o melhor é não voltarem aqui mais. Porque isto vai ser só para malta que fala mal... fode bem... e come e bebe como se não houvesse AVC's. |
posted by Raimundo @ sexta-feira, junho 12, 2009 |
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Nome: Raimundo
Morada: Algures em algum sítio, bem no meio de..., Portugal
Que mais queres tu?
Então vê o perfil
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Blog aberto a fumadores. E não... não temos as dimensões estipuladas por lei para poder ter um espaço para fumadores. E como estamos num país de chibos, já estou mesmo a ver: um dia destes há uma denúncia anónima e aparecem-me aí uns estupores da ASAE para fechar o tasco! |
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