segunda-feira, janeiro 07, 2008
Espiãozito de trazer por casa
Isto, desde que terminou a Guerra Fria, nunca mais se fizeram espiões como antigamente. Vejam só o exemplo deste especimen. Treinado (diz ele) pelos grandes mestres de Langley e operacional da CIA e da NSA, este vergonhoso exemplar de espião não conseguiu o que centenas de angolanos, caboverdianos, guineenses, moçambicanos e brasileiros - em muitos casos iliterados - lograram: Enganar o Serviço de Estranjeiros e Fronteiras português. Que director de uma agência secreta, no seu perfeito juizo, contrata um tipo sem as aptidões mínimas para a clandestinidade. Bom... quer dizer... algures a meio da notícia fala-se em Bush!
posted by Raimundo @ segunda-feira, janeiro 07, 2008   3 e, se calhar, talvez até mais labregos passaram os olhos por isto e acharam-se qualificados para dar a opinião que ninguém lhes pediu
Ser português é um tédio
Não me intrepretem mal: eu tenho tanto orgulho em ser português como outro português qualquer que tenha orgulho em sê-lo. Mas, convenhamos, ser português tem o seu quê de aborrecido. Quero dizer, por aqui não se passa nada. Não há um terramoto de jeito desde 1755, não há tsunamis nem tornados, não caem aviões, não há atentados à bomba nem facções separatistas. O próprio epíteto de "povo de brandos costumes" diz muito da nossa natureza enfadonha. Não andamos pelas ruas da amargura, mas também não somos propriamente uma potência económica. Não somos campeões europeus de futebol, mas pelo menos fomos à final e, mais importante, ficámos à frente da Espanha. A música nacional é o fado, possivelmente o género mais fastidioso a seguir à polka. Resumindo, nós, portugueses, somos condicionados social, cultural e geograficamente a ser, desde a mais tenra idade, pessoas entediantes! A culpa não é nossa, é do meio que nos rodeia, é inevitável. É esta, pelo menos, a explicação com que eu justifico a minha preguiça.
posted by Raimundo @ segunda-feira, janeiro 07, 2008   2 e, se calhar, talvez até mais labregos passaram os olhos por isto e acharam-se qualificados para dar a opinião que ninguém lhes pediu
quinta-feira, janeiro 03, 2008
Vídeo da Semana

O ano era 1995. Ainda se chorava a morte de Kurt Cobain um ano antes. O anunciado falecimento do grunge estava próximo. Com No Code, um ano mais tarde, os Pearl Jam disparavam a bala misericordiosa que acabaria com o sofrimento do animal, e gravavam a letras douradas na sua lápide: “gonna make you smile/when the sun don’t shine/ gonna make you smile/ …I miss you already”.

O ano era 1995. O mundo, tal como o conhecíamos na ingenuidade dos nossos 18 anos acabadinhos de sair do Liceu, estava prestes a acabar. Um outro mundo abria-nos então as portas. Um mundo imensamente mais brilhante. E arrebatados pelo maravilhoso cintilante esquecemos todos o adágio que alerta que “nem tudo o que luz é ouro”.

Era 1995. O futuro parecia tão… fácil. Tão ao alcance. Tão… “What’s the story (morning glory)”. Ilusão! O que brilhava não era efectivamente ouro. Eram apenas holofotes de alta potência apontados a nós. Não para iluminar o caminho… mas para encandear. E quais traças, durante cinco anos avançámos sôfregos na sua direcção… crédulos na boa vontade dos homens. Até o calor nos queimar as asas.

1995. Ainda chorávamos a morte de Cobain. Mas por nós o grunge já podia morrer. Tinha cumprido com a sua função. Acompanhara solidariamente todas as depressões de uma adolescência da qual queríamos então livrar-nos. Tinha sido a almofada confortável onde repousáramos a cabeça em meditação… e a bandeira de uma diferença que reivindicáramos em relação ao mundo. Tinha sido útil. Mas já não era necessário.

95. O grunge estava moribundo. E todos sabíamos que era só uma questão de tempo até que a sua chama se apagasse. Mas num último esgar de consciência… numa derradeira e desesperada tentativa de sobrevivência… o animal por nós traído voltou a erguer-se. E ainda que ferido, por instantes, voltou a ser a besta magnífica que nos revolvia a alma com versos subversivos.

E do alto da magnificência de quem aceita a própria morte, arqueou um sorriso vingativo, franziu levemente o sobrolho e começou a segredar-nos o futuro ao ouvido: “The world is a vampire / set to drain”…






Smashing Pumpkins | Bullet with butterfly wings | Mellon Collie and The Infinite Sadness | 1995
posted by Raimundo @ quinta-feira, janeiro 03, 2008   1 e, se calhar, talvez até mais labregos passaram os olhos por isto e acharam-se qualificados para dar a opinião que ninguém lhes pediu
quarta-feira, janeiro 02, 2008
idiossincracias de um país que se diz democrático
Não se pode fumar nos cafés e nas tascas?... Mas nos casinos já se pode?... Ai não são espaços fechados?... Nem sei como ainda há pessoal que se escandaliza com este tipo de situações. Até parece que não sabem que nesta merda de país as leis só se aplicam aos pobres!

Democracia?!... Há por aí gente tão iludida...
posted by Raimundo @ quarta-feira, janeiro 02, 2008   0 e, se calhar, talvez até mais labregos passaram os olhos por isto e acharam-se qualificados para dar a opinião que ninguém lhes pediu
 


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