quinta-feira, março 30, 2006 |
Mira técnica |
Por motivos alheios à vontade do Raimundo o Mundo tem estado temporariamente inactivo. E não fosse o ego do tamanho da Serra da Estrela o rapaz até pedia deculpa por deixar os dois leitores que têm acompanhado a saga dos últimos posts em suspenso. De qualquer modo, e logo que os problemas técnicos - não são bem técnicos, mas não sabíamos que outro subterfúgio à laia de desculpa esfarrapada haveríamos de arranjar - sejam ultrapassados, este blog voltará à actividade. Talvez uma hora... talvez duas... um dia... duas semanas... enfim... Quando poder ser será!
Até já ou até breve...
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posted by Raimundo @ quinta-feira, março 30, 2006 |
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Um homem não chora - (II Parte) |
...continuação
Uma altura, por volta do Natal, as coisas não andavam muito famosas lá por casa. Não havia dinheiro. A mãe estava doente havia mais de um mês com uma daquelas crises que a deixavam semanas de cama e para as quais, até hoje, nenhum médico encontrou explicações. Não trabalhava, não ganhava. O velhote fazia uns biscates para um empreiteiro lá da terra que era mais conhecido pelos calotes que deixava em todo o lado do que, propriamente, pela solidez das casas que construía. Trabalhava, mas também não ganhava. Ainda por cima, o granizo do fim do Verão tinha destruído mais de metade da vinha e o dinheiro da Sandeman nem deu para cobrir a mão-de-obra das vindimas, quanto mais os sulfates e os enxofres. Em casa havia mais três bocas para alimentar. E embora não se possa dizer que alguma vez, naquela casa, alguém tenha passado fome, a verdade é que, nessa altura, também ninguém corria o risco de morrer de fartura. Com a conta do banco a zero, sem dinheiro na carteira e demasiado dono do seu nariz para se prestar à humilhante cena de pedir dinheiro aos irmãos – que do alto da sua pose de empregados do Estado sempre haviam criticado as suas opções de vida – o homem faz a única coisa que lhe resta. Mete-se na motorizada e vai à procura do patrão. Não me lembro porque fui com ele. Só me lembro de lá estar. No restaurante onde o encontrámos. No Chachoila. Numa das pontas da sala interior, o sr. Manel tinha juntado três mesas para que o obeso empreiteiro pudesse almoçar com os seus amigalhaços dos copos e das petiscadas. Ocupavam todo o topo do salão. Quatro indivíduos de cada lado e o “rei” ao meio, com o vinho e as travessas de comida à sua frente. Uma versão cínica e reduzida da Última Ceia. E não sei se a imagem que guardo do facínora é real, ou se a terei deturpado ao longo de 15 anos de ódio, mas juraria que tinha a cara toda sebosa, com migalhas do pernil do leitão que segurava nas mãos a saltarem pelos cantos da boca enquanto falava. Numa pose de submissão que nunca antes – ou depois – lhe havia detectado, o meu pai dirigiu-se àquele animal para lhe pedir, se faz favor e muito encarecidamente, que lhe pagasse os vários trabalhos para os quais o havia contratado. Que não tinha dinheiro. Que a esposa estava doente. Que não podia comprar os medicamentos. Que tinha mais dois filhos em casa. Que a dispensa estava quase vazia. Que olhasse pela nossa vida. Que se não pudesse pagar tudo – e ainda era uma soma considerável – que, pelo menos, arranjasse algum para ir remediando até ao Natal. O biltre pediu ao sr. Manel que nos servisse um almoço e disse ao meu pai que conversariam no final. Quando o nosso prato chegou, já ele e os seus discípulos estavam a terminar e preparados para continuar a “procissão” até à próxima “capelinha”. Foi nessa altura que respondeu ao meu pai que não tinha como lhe dar o dinheiro que lhe devia, mas que pagava a nossa refeição. Foi o toque de malvadez final. A derradeira humilhação. Foi como se lhe estivessem a mandar, por estranha caridade, uma migalha quando ele reclamava o pão que era seu por direito. E este era o tipo de provocação que nunca havia deixado passar sem uma resposta “à transmontana”… com os punhos!
Instintivamente, e antecipando uma reacção violenta, coloquei-me entre o crápula e o meu velho. Não por ter pena do estupor, que só se perderiam as que caíssem ao lado. Mas porque me tinha habituado a ver o meu pai sofrer as consequências de se meter numa briga quando em inferioridade numérica. Ele costumava ser assim. Quando se esgotavam os recursos verbais para defender aquilo em que acreditava – e esgotavam-se sempre muito rapidamente – continuava a discussão usando outro tipo, digamos, de argumentos. E depois não media as consequências. Erguia-se, se fosse disso caso, para um exército. E no final da contenda, de roupa rasgada e cheia de sangue, citava o meu avô: “antes cair que agachar” – e eu pensava de mim para mim que, afinal, a estupidez é uma herança genética que deve ter saltado a minha geração.
Ponto final... amanhã.
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posted by Raimundo @ terça-feira, março 28, 2006 |
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segunda-feira, março 27, 2006 |
Um homem não chora - (I Parte) |
Eu, confesso, era um choramingas. Dos piores, devo acrescentar. Daqueles que, por tudo e por nada, desatavam num pranto inconsolável. Foi para aí até aos meus 14 anos. Chorava por dá cá aquela palha. Por dor ou desgosto. Por mínimos que uma e outro fossem. Chorava quando me cortava a aparar as batatas para o jantar ou quando entalava os dedos numa porta. Quando, por pura malícia, o meu irmão me estragava um carrinho. Quando caía a jogar à bola, a andar de bicicleta, a saltar muros e quando tombava da cerejeira da dona Clara. E depois outra vez quando chegava a casa com as calças de fazenda azul rasgadas. Soluçava ao ritmo do chinelo ou da colher de pau – ou o que quer que estivesse mais à mão – nas mãos da minha mãe. A ver televisão, então, era um autêntico “bicho carpideiro”. Ainda me lembro do final do “Shane”. Com o miudinho a correr atrás do cowboy que cavalgava solitário na direcção das montanhas. A cada “don’t go Shane, don’t go” era nova enxurrada de lágrimas. Em tudo o que tivesse final triste, a choradeira era sagrada. Começava a tremer-me o lábio. Engolia em seco. Os olhos piscavam incessantemente até ficarem húmidos. Ainda tentava evitar. Mordia os lábios. Tentava não piscar os olhos. Inspirava em grandes golfadas. Pensava em coisas alegres… tudo para tentar segurar a primeira lágrima. Mas não havia remédio. Mais cedo ou mais tarde o dique cedia e inundava a manga da camisola. Dor ou tristeza. Qualquer que fosse a situação que tinha provocado o vale de lágrimas, o meu pai repudiava sempre. Chamava-me Maria Madalena – e na altura pensava que estava a falar da filha da dona Fátima, que era nossa vizinha – e atirava-me com a frase do Redol: “Um homem não chora, nem que veja as tripas de outro nas mãos”! Não adiantou. Veio o E.T. e, com ele, de novo, o dilúvio. Eventualmente, ele desistiu. Limitava-se a deitar-me aquele olhar de desilusão que só um pai transmontano com um filho choramingas sente. E o meu pai é um daqueles transmontanos à antiga. Dos que trabalham de sol a sol e olham para os calos das mãos como se de medalhas se tratassem.
To be continued... |
posted by Raimundo @ segunda-feira, março 27, 2006 |
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segunda-feira, março 20, 2006 |
Pelo direito à... imbecilidade |
Em situações normais nunca leio e-mails que tenham na linha de título a indicação de “Forward” (Fwd:). Usualmente são mensagens de conteúdo duvidoso, piadas grosseiras, boçalidades e embustes. Enviei mesmo uma mensagem a todos os contactos da minha lista de endereços a pedir que não me enviassem mais correio desse género porque eu, simplesmente, ia apagar sem ler ou ver ou ouvir. Como raramente prestam atenção ao que eu digo, continuaram a mandar-me os ditos forwards. Vi-me forçado a tomar medidas drásticas. Escrevi uma segunda “circular” a explicar, entre insultos mais ou menos agressivos, que não queria ler mais anedotas do estúpido do “Manelinho” a encontrar mensagens sexuais subliminares em tudo o que a professora dizia. Que não tinha pachorra para testes de personalidade e para questionários idiotas do tipo “responde a estas 300 perguntas e descobre que raça de cão serias… se fosses cão”. Que não sentia qualquer apelo solidário para ajudar a comprar uma cadeira de rodas para o pobre do jovem deficiente que tem uma mãe alcoólica e um pai travesti e uma irmã esquizofrénica que, por acaso, também precisa de um transplante de medula. Que me estava a marimbar para a pequena Kátia Michaela de cinco anos que desapareceu, há sete, de casa dos pais que agora são dois uma vez que a mãe decidiu mudar de sexo no ano passado – que foi há dois anos – porque, enquanto mulher, se sentia impotente para levar a cabo a demanda de encontrar o bebé. Que não queria assinar mais “abaixo-assinados” para enviar à UNICEF, à UNESCO, à OMS, à ONU, à FIFA, à UEFA, ao Governo Regional da Tasmânia, ao Ministério que tutela as Berlengas e os Farilhões… porque, no fim de contas, eu não passava de um sacaninha cínico indiferente aos problemas do resto do mundo. Isto não resultou totalmente, mas diminuiu drasticamente a quantidade de forwards e o ritmo a que eles entravam na minha caixa de correio. De vez em quando, lá vem mais um. E o destino certo de 99 por cento deles é irem directamente para o lixo. E digo 99 por cento porque, de vez em quando, lá clico em cima de um só para ver “o que é que foi desta vez…” Ora, hoje foi um desses dias. O título era: “Fwd:Fwd:Fwd: …Pelo direito à indignação”. Assim designado pela amiga de uma conhecida de um familiar de outra amiga de um amigo de um antigo colega meu. Tratava-se de um ficheiro em “pdf” (Adobe Acrobat) que legendava uma das célebres caricaturas do profeta Maomé – aquela da bomba no turbante – com o seguinte “Não sei o que de tão ofensivo tem isto para tanta indignação por parte dos muçulmanos!”. De seguida, uma outra legenda encabeçava a célebre caricatura de João Paulo II com o preservativo no nariz: “Também não vejo, como católica que sou, o que de tão ofensivo tem isto”. E depois vem o melhor: uma sequência de seis fotografias, tiradas algures no Irão, em que um homem segura o braço de uma criança no chão para um veículo – que parece ser uma pick-up – lhe passar com o pneu por cima, alegadamente, como castigo por o miúdo ter roubado um pão. O texto termina com uma tirada tão notável quanto originalmente sincera: “Isto sim é que devia indignar toda a gente, independentemente da sua religião!”. Ora bem. Aquilo, apesar do paternalismo saloio do autor da mensagem, tocou-me. Como, penso, tocaria a qualquer ser humano com o mínimo de amor ao próximo e às suspensões dos automóveis em países de terceiro mundo. Mas, havia qualquer coisa que não batia certo nas fotos... Vai daí e atiro-me de imediato ao Google à procura do fotógrafo cujo nome está inscrito nas fotos: Siamak Yari. E que descubro eu?... Que as fotos são verdadeiras, mas que o seu contexto foi completamente subvertido! Afinal, o miúdo não está a ser castigado. Afinal, aquilo é um número “circense” para animar as hostes reunidas numa praceta de uma cidade iraniana que tentam divertir-se um bocado enquanto esperam pela iminente e inevitável invasão “dos Aliados”. Afinal, o miúdo nem um arranhão teve. Afinal, ao que parece, é um truque qualquer – ao estilo daquele tão vulgar nos palcos ocidentais em que serram uma mulher ao meio. Afinal, vós – todos os que reencaminharam o e-mail não sei quantas vezes até chegar à minha pessoa – é que sois uns autênticos bárbaros. E uns imbecis. Porque só um imbecil acredita em tudo o que lhe dizem sem uma confirmação. Porque só um imbecil se atreve a julgar um povo pelos actos documentados de um indivíduo, ainda que esses actos tenham, verdadeiramente, ocorrido – o que não é o caso. Porque só um tremendo imbecil acredita que o destinatário da mensagem é outro imbecil que a vai aceitar sem a confirmar. Posto isto, e como quero colocar um ponto final nesta onda de imbecilidade, aqui ficam os links para dois sítios (Snopes, HoaxBuster) onde a sequência de fotos é explicada. E se não ficarem convencidos, ainda deixei mais links no post do "Geração". Vão lá ver. Não acreditem só na minha palavra. NÃO SEJAM IMBECIS! |
posted by Raimundo @ segunda-feira, março 20, 2006 |
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sexta-feira, março 17, 2006 |
Rais parta!... |
Há já dois dias que não consigo aceder ao Mundo. Sempre que tento entrar aparece a mensagem "você não tem autorização para entrar nesta página" (Internet Explorer) ou "Forbidden: You don't have permission to access / on this server" (Mozzila Firefox).
E escrevo isto na área de edição - sem acesso ao interface normal - com a secreta esperança de conseguir iludir a segurança do servidor. Porque, na verdade, nem sei se esta mensagem vos vai chegar, ou se vocês estão a ter o mesmo problema. Quer dizer... se vocês também não conseguirem entrar, então, esta mensagem de nada adiantará.
Ainda assim... |
posted by Raimundo @ sexta-feira, março 17, 2006 |
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quinta-feira, março 16, 2006 |
RrTzz-tZZ-tzZ RrTzz-tZZ-tzZ |
Não concebo a vida sem música. Adoro-a. Dependo dela. Tenho que ouvi-la constantemente. Acompanha-me como um amigo. Nos bons e nos maus momentos. Em casa, no carro, no trabalho, no barbeiro. Acordo com “Good morning”, dos Beatles. Adormeço com “Your ghost”, da Kristin Hersh. Aonde quer que vá, o meu velhinho walkman segue atrás recheado com uma das quase 300 mix-tapes que fui “criando” ao longo dos últimos 15 anos. Sem música, sinto-me perdido. Entro em pânico. Fico angustiado. Atormenta-me aquela sensação de que algo nefasto está para acontecer. Só porque não a oiço… a minha música. Não concebo a vida sem transportes públicos. Detesto-os ainda assim. Reconheço-lhes as virtudes, mas desprezo-os. Sou apologista da sua utilização massiva, mas apenas por uma questão de comodidade e organização urbana. Utilizo-os apenas e só quando estritamente necessário. Talvez por vergonha de expor a minha necessidade de viajar numa lata malcheirosa e desconfortável perante tantos estranhos. Talvez por me sentir igual ao resto dos passageiros que miro com a condescendência que reservo aos fracassados. Sou inútil como o velho com catarro à minha frente que vai a caminho dos correios levantar a pensão. Fútil como a universitária betinha do banco do lado que folheia a Lux. Mentiroso como o sujeito de fato azul e cabelo lambido que inspira confiança mas transpira falsidade. Triste como indiano de olhar vago que segue de pé agarrado à barra do tecto e que a cada solavanco luta para não deixar cair nenhuma das rosas plastificadas que trás no molho debaixo do outro braço. Acho que toda a gente odeia transportes públicos. Nunca vi ninguém sorrir num autocarro ou num comboio suburbano, a não ser, pontualmente, uma criança. Mas essa ainda não tem nada do que se envergonhar. Bom… mas pelo menos tenho a minha música. Não concebo a vida sem telemóveis – agora já não! Acho-os, porém, insuportáveis. Sobretudo nos transportes públicos… quando mais preciso da minha música. Se há coisa que me irrita é aquela interferência desagradável nos aparelhos de som de cada vez que um telemóvel toca na proximidade. “…Can you hear them… / the helicopters… / I’m in New YorRrTzz-tZZ-tzZ RrTzz-tZZ-tzZ…/ no need for words nowRrTzz-tZZ-tzZ RTzz-tZZ-tzZ… / we sit in silence… / you look me in the eye direRTzz-tZZ-tzZ RTzz-tZZ-tzZ…”. Atiro violentamente com os auscultadores. Olho enfurecido em volta à procura do criminoso que acaba de assassinar a “minha” PJ Harvey. Encontro-o invariavelmente de telemóvel de última geração encostado ao ouvido e a iniciar uma conversa sobre trivialidades. Não é – nunca é – uma emergência. Ele vê-me. Ele percebe que é a causa do meu olhar assassino – se o olhar matasse… – mas reage ao incómodo de me fitar voltando a cabeça para o lado… e continuando a falar. “You met me… / I think it's Wednesday… / TheRrTzz-tZZ-tzZ RrTzz-tZZ-tzZ evening… / The mess we're in… RrTzz-tZZ-tzZ RrTzz-tZZ-tzZ”. Até hoje, quando ia a Lisboa, pelo menos tinha um refúgio… o Metro. Com as suas paredes de betão espesso. Mergulhado nas entranhas da cidade. Onde as ondas hertezianas – ou sejam lá que ondas forem – não conseguem penetrar. Continuo a ver-me reflectido no velho do catarro, na adolescente da Lux, no rapaz do cabelo seboso, no indiano de olhar vago. Mas, pelo menos, tenho a minha música… Que digo?! TINHA a minha música. Que hoje, o meu refúgio desabou. Sob o pretexto do desenvolvimento e da comodidade dos seus clientes – comodidade de que clientes? – o Metro de Lisboa autorizou as três operadoras nacionais a instalarem um sistema que permite a utilização dos abomináveis aparelhos ao longo de toda a linha azul… As outras seguem dentro de momentos. É o inferno. Não posso ouvir a minha música. Mas tenho de gramar uma secretária azeiteira a comentar, com alguém que presumo ser outra secretária azeiteira, as enfadonhas e pastosas ocorrências do seu fim-de-semana deprimente. Um destes dias, “rais ma partam” se não vou comprar um desses gigantescos rádios a pilhas. E se não lhe meto no deck uma cassete com temas escolhidos dos Iron Maiden. O céu me caia em cima se, quando o primeiro telemóvel irritante tocar, não aumentar o volume ao máximo. A ver se aguentam engolir o - RrTzz-tZZ-tzZ RrTzz-tZZ-tzZ - próprio veneno! E ai do primeiro que se queixe! Ai do primeiro… Desculpem lá a azia… o meu walkman ficou sem pilhas! |
posted by Raimundo @ quinta-feira, março 16, 2006 |
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quinta-feira, março 09, 2006 |
For the Kop |
Walk on Walk on With hope in your heart And you’ll never walk alone You will never walk alone. Of course not my dearest Liverpool fans. From now on, you’ll walk along with Manchester United and Chelsea FC. And pretty soon… you’ll walk with Arsenal. Yes… You will never walk alone! |
posted by Raimundo @ quinta-feira, março 09, 2006 |
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quarta-feira, março 08, 2006 |
Bem visto |
Não. Não tenho nada de especial a dizer, mas o João Henrique tem. E deu-se ao trabalho de fazer um estudo aprofundado das relações que os clubes que ainda resistem na Liga dos Campeões mantêm com este cantinho à-beira-mar-plantado"!
Bem visto ó João!
Mais uma vez... cliquem na merda das letras vermelhas! |
posted by Raimundo @ quarta-feira, março 08, 2006 |
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Eu não me esqueci... |
Quem achou que eu me ia esquecer de assinalar o Dia Internacional da Mulher enganou-se. Aliás, dei-me até ao trabalho de elaborar um plano de actividades para todos os homens que hoje vão ficar com o cuzinho em casa enquanto as raparigas vão jantar com as amigas e meter-se numa discoteca qualquer a ouvir música do Joe Cocker e do Michael Bolton enquanto assistem a uma sessão de strip masculino – não fiquem inseguros, essa malta é toda gay… não é? – e emborcam vodkas-limão atrás de Safaris e PisangAmbons. Mas em dia de Champions League… que gajo-que-é-gajo é que quer sair de casa? De qualquer modo, e porque as dificuldades, apesar de tudo, vão ser muitas, aqui fica o Manual de Sobrevivência para Homens no Dia Internacional da Mulher*, que publiquei há alguns minutos no Geração Rasca. E já agora… quem é que quer vir cá a casa ver o Liverpool-Benfica – e ofender o Koeman, e insinuar que ele brinca aos cowboys com o Beto, e sugerir que a mãe do árbitro se dedica à prática da prostituição, e aconselhar o Nuno Gomes a viajar até órgão sexual masculino de cada vez que falhar um golo – hoje à noite? Avisem-me até às cinco da tarde que é para eu saber quantos packs de cerveja é que compro!
(*) Oh labrego, as letras estão a vermelho porque são um link para outro site. Clica en cima delas, ou aqui.
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posted by Raimundo @ quarta-feira, março 08, 2006 |
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sexta-feira, março 03, 2006 |
Raimundo também é Rasca... |
Prontos... sei lá... acho que foi amor à primeira vista. Ainda que, assim, à primeira vista, eu não acredite nisso do amor. O certo é que me assobiaram e lá fui eu completamente arrebatado.
Esclareço desde já que não é casamento. Que o mais certo era estar condenado ao divórcio e a lutas de custódia e a divisão de bens... e se sem as crianças eu passo bem... já os meus discos não estou disposto a dividir! Portanto, vejo isto como uma espécie de união de facto. Ou como dizem as velhotas lá da terra: "uma amantização".
Espero, enfim, manter esta relação pecaminosa pelo menos enquanto durar a paixão, que, como toda a gente sabe, sempre dura um pouco mais que o amor eterno.
Ou seja... a partir de hoje, viverei, também, sob o mesmo tecto da GERAÇÃO RASCA. Para o que der e vier!... desde que o que vier não seja muito perigoso e/ou exija muito trabalho!
Quero também dizer aos meus leitores regulares que os tenho a ambos no coração e que, por isso, não vou deixar o Mundo. E que podem continuar a acompanhar diariamente, ou quase, neste espaço livre de pluralidade de opiniões - a não ser quando as duas são minhas - as obscenidades que me assombram o cérebro numa base regular. |
posted by Raimundo @ sexta-feira, março 03, 2006 |
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quinta-feira, março 02, 2006 |
Como nos filmes?... esteja mas é calado! (*) |
Não posso dizer que seja um grande admirador de Eduardo Prado Coelho. E embora nutra grande respeito pelo professor, pelo académico, é sem entusiasmo que leio, de quando em vez, o opinador diário no Público. Por razões várias, que vão do estilo ao tema. Tal nunca me preocupou - como continua a não me preocupar - até porque há muitos outros cronistas que não leio com bastante regularidade.
Ontem, porém, foi um desses raros dias em que, folheando o diário e deparando-me com a rubrica “O fio do horizonte”, assinada pelo professor, fui, pelo tema, levado a iniciar a leitura, e, pela minha fixação por imbecilidades, a conclui-la. A crónica intitula-se “Como nos filmes” (**) e refere-se ao crime que animou, nas últimas semanas, a comunicação social nacional: o assassínio de uma pessoa por 14 outras pessoas – por sinal menores – num prédio abandonado na invicta cidade do Porto. A páginas tantas, Eduardo Prado Coelho começa a discorrer, não dos motivos que levaram ao hediondo crime, mas dos motivos por detrás dos motivos. E relaciona música rock, e cinema, e discotecas e sei lá que mais, com a terrível ocorrência. Os que leram sabem do que estou a falar. Os que não leram ainda vão a tempo, embora eu desaconselhe vivamente a não ser que, tal como eu, sejam apreciadores de um certo tipo de cretinice. Quanto a si professor… eu sei que é difícil ter assunto ou inspiração ou capacidade para, todos os dias, aparecer com um novo artigo. Eu compreendo, até porque, salvo as devidas distâncias, também tenho esse problema aqui no Mundo – mas vai daí, e ninguém paga para vir aqui. Mas permita-me uma singela sugestão: quando não tiver o que dizer, não ceda à tentação de o fazer. Sob pena de se embaraçar a si próprio.
(*) Não interprete o leitor o título como um qualquer atentado à liberdade de expressão. Trata-se, tão só, de uma locução com uma função puramente retórica e desprovida de qualquer intenção ulterior que não a discórdia em relação a uma opinião. Como já várias vezes defendi neste espaço: todo o ser humano tem o direito a dizer ou escrever toda a merda que quiser, por mais obscena que seja ou pareça! (**) Gostaria de colocar neste espaço um link para o artigo em causa. Mas o escrito faz parte do conteúdo protegido da versão online do Público, e a minha pobreza não me permite sustentar a assinatura do serviço. Também poderia colocar aqui o texto sob citação e escrevê-lo, na totalidade ou em parte, mas a indolência é maior que a vontade de marcar posição. Sou português, que querem que faça?... |
posted by Raimundo @ quinta-feira, março 02, 2006 |
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É deboche sim senhor... |
Eu não sou muito de copiar os outros. Ou citar, sequer. Não por uma questão de moral. Ou ética. Que no grande plano das coisas não passam de pormenores. Mas porque o orgulho e o amor-próprio, ainda que convivam com a preguiça, não se compatibilizam com a inoriginalidade (pois… sei lá… eu acho que a palavra – ainda – não existe… mas prontos… eu gosto de dar trabalho ao professor Malaca Casteleiro… anote lá mais esta no seu canhenho se achar que vale a pena). Voltando ao que aqui me trouxe: Eu já estava para falar disto há algum tempo, mas nem sabia por onde lhe pegar. Li vários jornais, várias opiniões. Desde as que se devem ler, às que se podem ler, passando pelo simples vomitado que só um fetiche pela morbidez e pela pornografia coprofágica me impedem de rejeitar – mas ao Eduardo Prado Coelho dedicarei um post próprio. Acontece que, por mero acaso, me deparei com o editorial do Filipe Rodrigues da Silva no Diário Digital de 27 de Fevereiro. O homem perde em eloquência para os senhores directores dos diários de referência… mas ganha em contundência. E como, a falar do assunto, eu diria, mais parágrafo menos parágrafo, a mesma merda, achei por bem deixar aqui um link para o artigo. Antes que me acusem de plágio.
Tem razão o Filipe: É deboche sim senhor! |
posted by Raimundo @ quinta-feira, março 02, 2006 |
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Nome: Raimundo
Morada: Algures em algum sítio, bem no meio de..., Portugal
Que mais queres tu?
Então vê o perfil
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Blog aberto a fumadores. E não... não temos as dimensões estipuladas por lei para poder ter um espaço para fumadores. E como estamos num país de chibos, já estou mesmo a ver: um dia destes há uma denúncia anónima e aparecem-me aí uns estupores da ASAE para fechar o tasco! |
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